Uma pesquisa realizada por técnicos do Instituto Adolpho Lutz, da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo revelou que 25% das 11 marcas de suplementos alimentares apreendidos pela vigilância sanitária no ano de 2007 continham substâncias anabolizantes.

Usar anabolizantes sem a devida indicação e acompanhamento médico pode causar sérios transtornos à saúde entre os quais se destacam hipertensão arterial, problemas cardíacos, insônia, esterilidade e até mesmo câncer no fígado.

Em outras ocasiões o INBRAVISA – Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária já havia alertado sobre os problemas relacionados com os suplementos para atletas conhecidos popularmente como suplementos alimentares.

Basta dar uma volta pelos Shoppings Centers das grandes cidades que se depara com alguma loja que venda este tipo de suplementos. A mesma situação se repete nas academias, pois quase todas possuem uma loja dentro de suas dependências.

“Parabenizamos pela iniciativa da pesquisa, porém a divulgação deste resultado deveria vir acompanhada das ações que serão efetivamente adotadas pela vigilância sanitária para eliminar este problema”, alerta Rui Dammenhain, especialista em vigilância sanitária e diretor do INBRAVISA – Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária.

‘É importante lembrar que a função de fiscalizar e interditar estes produtos é competência exclusiva dos órgãos oficiais de vigilância sanitária, e se ações concretas não forem adotadas, este problema vai ser crônico, e o pior, vai continuar colocando em risco a saúde de muitas pessoas que fazem uso destes produtos”, complementa.

Dammenhain, explica , ainda, que se um cidadão comum vai à um Shopping Center e encontra uma loja de venda de suplementos funcionamento normalmente , vai acreditar que se trata de produtos legalizados , quando na verdade isto não ocorre, e não se pode transferir a responsabilidade de fiscalização do órgão público para o cidadão.